Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Estudo realizado por um grupo internacional de pesquisadores provocou uma reviravolta no entendimento sobre doenças inflamatórias potencialmente fatais como, por exemplo, a sepse. O trabalho apontou um agente bioquímico possivelmente envolvido na rápida diminuição da pressão arterial que ocorre no estágio avançado da doença – e costuma causar a morte do paciente. A descoberta pode abrir caminho para novas abordagens terapêuticas.
Principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTIs) brasileiras – com taxa de letalidade em torno de 50% – a sepse é decorrência de uma resposta desregulada do sistema imune a um agente infeccioso. Por motivos ainda não muito claros, as células de defesa passam a atacar não apenas o patógeno, mas também o próprio organismo do paciente. As respostas bioquímicas à inflamação alteram a constrição dos vasos sanguíneos, levando à rápida diminuição da pressão arterial, falência dos órgãos e morte.