Identificada molécula que provoca a autodestruição de células de câncer de mama agressivo

17 de maio de 2022

Agência FAPESP* – Artigo publicado nesta segunda-feira (16/05) na revista Nature Chemical Biology apresenta uma molécula com potencial para combater tumores de mama triplo negativo – subtipo de câncer de mama mais agressivo, com prognóstico menos promissor e com poucas terapias eficazes.

Por meio de experimentos de laboratório e análises de bioinformática, os pesquisadores constataram que a molécula denominada MS023 induz à autodestruição da célula tumoral na medida em que aciona um dos sistemas celulares de defesa, o sistema interferon. O entendimento de como essa molécula funciona abre uma nova perspectiva para guiar tratamentos futuros para esse subtipo de câncer de mama. O estudo contou com apoio da FAPESP e a participação de pesquisadores do Canadá, Brasil, China e Estados Unidos.

“Conhecer as etapas que estão sendo afetadas nas células durante o câncer é fundamental para que tanto a comunidade científica como as empresas farmacêuticas consigam acelerar as estratégias para o desenvolvimento de novos medicamentos”, afirma Katlin Massirer, pesquisadora do Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e uma das autoras do artigo.

O câncer de mama é o mais diagnosticado em todo o mundo. O subtipo triplo negativo representa entre 15% e 20% dos casos e é responsável por 25% das mortes. A taxa de recidiva é considerada alta (mais de 30%) e a sobrevida é muito baixa após recorrência metastática. Esse tipo de tumor é caracterizado pela ausência – na membrana da célula tumoral – de receptores de estrogênio, de progesterona e de fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2), proteínas que classificam os outros subtipos de câncer de mama. A identificação do tipo de receptor presente na célula tumoral é fundamental para a definição do tratamento – que é mais limitado no caso do câncer de mama triplo negativo.

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