Na Amazônia, amamentação diminuiu risco de malária em crianças menores de 2 anos

16 de dezembro de 2022

André Julião | Agência FAPESP – Estudo que acompanha crianças nascidas entre 2015 e 2016 na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, encontrou uma associação entre o tempo de amamentação e o risco de infecção pelo Plasmodium vivax, parasita causador da malária. Entre 435 crianças acompanhadas até o segundo ano de vida, aquelas que foram amamentadas por um ano ou mais tiveram uma chance 79,8% menor de serem infectadas.

Os resultados, publicados no Pediatric Infectious Disease Journal, foram obtidos no âmbito do “Estudo MINA – materno-infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia ocidental brasileira”, realizado com apoio da FAPESP na região conhecida como Vale do Juruá, que responde por 18% dos casos de malária no país.

“Em um trabalho anterior, vimos que a incidência de casos de malária notificados foi baixa ao longo do primeiro ano de vida e aumentou de forma pronunciada no segundo ano. Fizemos sorologia para identificar infecções não notificadas e vimos que a exposição ao Plasmodium vivax foi muito maior do que registrado. No primeiro ano, 77% das infecções não foram diagnosticadas e, nos primeiros dois anos, ao menos metade das infecções não teve diagnóstico e, portanto, não foi tratada com antimaláricos”, conta Anaclara Pincelli, primeira autora do estudo, realizado durante doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) (leia mais em: agencia.fapesp.br/36352/).

O trabalho foi realizado sob orientação de Marcelo Urbano Ferreira, professor do ICB-USP.

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