Perda de massa muscular na fase aguda da COVID-19 está associada a sintomas persistentes, mostra estudo

7 de dezembro de 2022

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Quanto maior a perda de massa muscular durante o período de hospitalização por COVID-19, maiores são as chances de o paciente desenvolver sintomas persistentes da doença, como comprometimento muscular e a chamada COVID longa, que pode incluir dificuldade para respirar, tosse persistente, dores de cabeça, insônia e ansiedade.

A conclusão é de um estudo conduzido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e divulgado no Journal of the American Medical Directors Association. Os resultados também indicam haver uma relação entre maior perda de massa muscular e maiores gastos com saúde nos meses seguintes à alta hospitalar.

“A perda de massa muscular é razoavelmente comum durante períodos prolongados de internação hospitalar. No entanto, esse quadro parece ser exacerbado em pacientes hospitalizados por COVID, afetando a massa, a força e a função muscular a ponto de comprometer a mobilidade do paciente em alguns casos”, explica Hamilton Roschel, líder do estudo e um dos coordenadores do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Escola de Educação Física e da Faculdade de Medicina da USP.

Financiada pela FAPESP por meio de dois projetos (17/13552-2 e 20/08091-9), a investigação envolveu 80 pacientes com COVID-19 moderada ou grave internados no Hospital das Clínicas da FM-USP em 2020 – época em que ainda não havia vacinas disponíveis. Os participantes foram acompanhados durante e após o período de hospitalização.

Maiores informações, clique aqui.

Post Tagged with

Desenvolvido e mantido pela Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP