Peter Moon | Agência FAPESP – Não existe antídoto ou tratamento específico para o veneno da raia de água doce, apesar de acidentes envolvendo ferroadas do animal serem comuns em rios amazônicos e de outras regiões.
Um trabalho pioneiro conduzido no Instituto Butantan, em São Paulo, tem analisado o conjunto de toxinas produzido por esses animais para entender como elas agem e tentar encontrar métodos terapêuticos. Uma das descobertas relevantes é que o veneno dos membros da família Potamotrygonidae, todos de água doce, é variável mesmo entre indivíduos de uma mesma espécie.
Enquanto a ferroada de raias jovens causa muita dor à vítima – o que, possivelmente, ajuda esses animais a afugentar predadores –, as toxinas inoculadas pelos indivíduos adultos têm ação necrosante, podendo auxiliar na caça de pequenos peixes, camarões e outros crustáceos.