Elton Alisson | Agência FAPESP – A despeito de o Brasil ter um dos mais bem-sucedidos programas de vacinação, não é possível saber exatamente quantos brasileiros estão protegidos contra o sarampo, por exemplo. Isso porque o registro do histórico de imunizações feitas na rede pública de saúde do país nas últimas décadas está guardado em cadernetas de vacinação em papel.
A fim de auxiliar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) a estimar a cobertura vacinal em diversas regiões do país, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) iniciou um projeto com o objetivo de digitalizar as carteiras de vacinação antigas e em papel do maior número possível de brasileiros.
Batizado de Levacc, o projeto foi encomendado pelo Ministério da Saúde e é apoiado pela FAPESP.
“Com base na informatização dos dados das carteiras de vacinação de milhões de brasileiros, os técnicos do Ministério da Saúde poderão determinar melhor a cobertura vacinal das regiões do país. Com isso, poderão planejar campanhas de vacinação ou desenhar estratégias para evitar surtos de doenças para as quais há vacinas”, diz à Agência FAPESP Helder Nakaya, vice-diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP) e coordenador do projeto.
Nakaya é um dos pesquisadores principais do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID financiado pela FAPESP.
Na primeira etapa do projeto, os pesquisadores estão coletando fotos de cadernetas de vacinação, que podem ser tiradas por meio de smartphone e enviadas pelo site do projeto.
Os voluntários precisam enviar apenas a imagem do registro de histórico de vacinações na caderneta, sem a necessidade de expor seus dados pessoais.
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